O novo prefeito de Peabiru, Julio Frare (PR) assumiu o município no último dia 1º com uma herança amarga: dívidas municipais e serviços públicos prejudicados. Conforme o secretário geral de Administração de Peabiru, Bruno da Silva Melo, as dívidas públicas da cidade podem ultrapassar R$ 5 milhões. Um levantamento detalhado está sendo feito pela gestão.
Um dos problemas já resolvidos pela administração foi a coleta de lixo na cidade. Apesar do recolhimento dos resíduos das ruas ter sido realizado normalmente durante o fim de ano, o terreno onde eram armazenados estava com montanhas de lixos por falta de pagamento à empresa que faz o transporte até Maringá para destinação final. “A situação estava caótica e com risco para a população. A gestão passada assumiu já com um caso muito sério de dengue. O acúmulo de lixo poderia colaborar para um novo surto da doença na cidade”, falou Melo em entrevista à TRIBUNA nesta sexta-feira (6).
Segundo ele, a prefeitura deixou de fazer o pagamento na gestão passada à Trans Resíduo, de Maringá, responsável pelo transbordo do lixo por cerca de 10 meses. A dívida ultrapassa R$ 200 mil.
Nessa quarta-feira (4), o prefeito Julio Frare se reuniu com representantes da empresa e conseguiu um acordo para a retomada do transporte do lixo. “Hoje o terreno onde o lixo é armazenado já está vazio e a coleta normalizada”, afirmou Melo. Ele criticou a gestão passada, que mesmo com a implantação da taxa de lixo não fez o pagamento à prestadora do serviço de coleta.
Melo comentou que apenas um caminhão não suporta a demanda de coleta. A prefeitura trabalha atualmente com um veículo coletor adquirido com recursos da Câmara Municipal. O secretário informou que há outros dois caminhões coletores no pátio de máquinas, mas sem condições de uso para o trabalho. “Eles têm motores novos, mas estão estaleirados sem pneus”, lamentou, ao afirmar que o pátio de máquinas se encontra sucateado.
O secretário comentou que após a conclusão do levantamento da situação do município, repassará um relatório à imprensa e Ministério Público (MP). Segundo ele, a situação prejudica o início dos trabalhos da gestão. “Para se ter ideia tivemos que fazer uma dispensa de licitação para aquisição de material hospitalar. Não tinha sequer luvas e seringas”, falou.
Melo acrescentou que o prefeito está criando frentes de trabalhos emergenciais para resolver neste primeiro momento situações mais críticas da cidade. “Conseguimos colocar três caminhões para rodar e duas pás-carregadeiras para fazer a coleta de entulhos que está em toda a cidade. Aos poucos estamos colocando a casa em ordem, só pedimos a população um pouco de paciência e compreensão”, argumentou.
Inf. Jornal Tribuna do Interior/Walter Pereira
