Vereador beltrãoense  sugere criação de consórcio para tratamento de dependentes químicos

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A Associação das Câmaras Municipais da Microrregião Doze (Acamdoze) aprovou requerimento apresentado pela Câmara Municipal de Engenheiro Beltrão que requer à Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), a realização de estudos no sentido de se criar um consórcio intermunicipal para viabilizar o tratamento para dependentes químicos.

O autor do requerimento, vereador Valdir Hermes da Silva (PSDB), mais conhecido como Valdir Americano assegurou que a criação do consórcio será a solução para o tratamento de dependentes químicos da região da Comcam. Silva é policial militar aposentado e há mais de 17 anos trabalha com a causa. “O consórcio entre os municípios custeará optativamente uma comunidade terapêutica própria construída e custeada por recursos municipais, estaduais e federais, na medida das políticas públicas que forem adotadas ou ainda uma instituição terapêutica já existente, a fim de que ofereça vagas de acordo com a proporção do custeio oferecido pelo consórcio”, justificou o vereador no requerimento.

Segundo Silva, os tratamentos para dependentes químicos custam caros –  em média R$ 1,8 a R$ 2 mil mensalmente -, e não são custeados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). “Você não tem nenhuma comunidade que acolha o paciente gratuitamente. Até pode conseguir, mas só quando a pessoa já está em um estado avançado ou quase morta”, lamentou o parlamentar. “A preocupação é ter um local para internar estas pessoas sempre que elas aceitam a ajuda”, emendou.

O vereador falou que a criação do consórcio vai possibilitar o internamento dos pacientes pelos municípios. “Aí ficaria mais fácil para trabalharmos nesta causa já que a maioria das famílias não tem dinheiro para bancar o tratamento”, disse. Silva comentou que o número de dependentes químicos é crescente na região, principalmente se for levado em conta o alcoolismo. “Aí você coloca os adolescentes que também tem este problema, que podemos chamar, na maioria dos casos de dependentes cruzado, que são aqueles que usam álcool, maconha cocaína, ou crack. E esta situação já está avançando para a 3ª idade. Ou seja, é um problema muito grave”, alertou.

O vereador ressaltou que a criação do consórcio vai ajudar principalmente as pessoas que não têm condições de pagar o tratamento. Ele lembrou que nos locais onde o tratamento é feito existem as chamadas vagas sociais, mas neste caso o paciente tem que esperar na fila.

Silva acrescentou ainda que com a implantação do consórcio o paciente não precisará esperar em filas, já que os municípios teriam direito a uma quantidade de vagas.  O vereador frisou que a demanda seria sempre atendida, uma vez que não é muito alta a procura por vagas, já que a internação depende exclusivamente da decisão do próprio paciente. Assessoria Acamdoze

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