Jovem beltrãoense vai à delegacia e denuncia suposto caso de agressão e de tortura

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Vítima disse que foi agredida fisicamente e torturada pela agressora, que seria conhecida de sua família ( foto: Jr. Garbim/ JER)

 Um suposto caso de agressão física e de tortura foi levado ao conhecimento da Polícia Civil de Engenheiro Beltrão, na tarde da última quarta-feira (25).  A vítima, uma jovem de 19 anos, procurou a delegacia para denunciar o crime, que ocorreu na manhã do mesmo dia, por volta das 09 horas.

De acordo com a vítima, a atendente de farmácia Camila Bernadino, de 19 anos, a suposta agressora, identificada pelas iniciais C.C, teria ido ao seu local de trabalho e a chamado para ir à casa de sua mãe para que lá resolvessem algumas questões. Sem suspeitar de nada, a jovem atendeu ao pedido e foi ao local.  Lá chegando, Camila foi levada para um dos quartos, onde foi ofendida verbalmente e agredida com socos e arranhões. Além das agressões, a acusada teria utilizado uma tesoura para ameaçar a vítima, que teve uma parte de seu cabelo cortado.

Muito descontrolada, a mulher ainda teria feito acusações levianas contra a jovem Camila, inclusive que estava mantendo relações com homens compromissados.

Segundo a vítima, todas as ofensas, agressões e tortura foram presenciadas pela mãe da acusada, uma senhora de 82 anos.

Camila afirmou que a doação de um imóvel a sua mãe, que trabalhou como doméstica por 20 anos na casa da aposentada e mãe da agressora, seria a motivação das agressões.“Minha mãe se dedicou por mais de duas décadas a cuidar da casa da mãe dela e recebeu a título de compensação trabalhista, a residência onde moramos. Pelo que sei, e hoje tenho a certeza é  de que ela nunca aceitou a doação deste imóvel para minha família”, confidenciou a jovem, que registrou o boletim de ocorrência na delegacia e fez corpo de delito, comprovando as agressões sofridas.

A vítima citou ainda que as ameaças vinham ocorrendo há quase um ano e, que mesmo com medo, ela  contratou um advogado e que pretende entrar na Justiça para que outras pessoas não sejam vítimas da acusada.

“Nunca imaginei que ela fosse capaz de me agredir ou torturar, e temi pela minha própria vida. Já contratei um advogado e não deixarei que essa situação fique impune. Além de agredida e torturada, fui taxada de ser uma pessoa leviana e, isso, pode atrapalhar minha vida pessoal e profissional, futuramente. Não fiz nada de errado e não vou pagar pelo que não devo”, disse Camila, que tem procurado ficar em casa devido aos comentários maldosos que correm no “boca a boca” pela cidade.

A reportagem do Jornal Enfoque Regional (JER) entrou em contato com o delegado Dr. Wagner Quintão Soares, que não estava no município. Por telefone, o delegado afirmou que ainda não tinha conhecimento do caso, mas que solicitaria aos investigadores que o sondassem.

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