A empresa de confecções Pérola Negra encerrou definitivamente suas atividades na cidade de Engenheiro Beltrão.
Trazida pelo prefeito Rogério Riguetti, a fábrica de jeans foi apresentada como uma nova geradora de empregos no município, com abertura inicial de 100 novas vagas no mercado de trabalho. Instalada nas dependências do Country Clube, a meta era de que, em um ano de funcionamento, a empresa gerasse 200 empregos diretos.
A chegada da facção ao município, em um momento de crise e recessão financeira, gerou uma grande repercussão e deu ao prefeito Rogério Riguetti, em seu início de mandato, uma ampla mídia regional, sendo elogiado pela conquista das novas vagas no mercado de trabalho.
Porém, o que começou como a grande esperança para a população beltrãoense, terminou com um verdadeiro pesadelo para trabalhadores.
Passados oito meses de atividades, após várias paralisações por atrasos nos vencimentos dos funcionários, a empresa fechou definitivamente suas portas e deixou os trabalhadores sem o pagamento dos salários.
Alguns deles estão revoltados e, segundo relato, há três meses sem receber os vencimentos, que foram pagos com cheques sem fundos.
Uma comitiva formada por quatro costureiros esteve nos últimos dias na sede da empresa, na cidade de Cianorte, para tentar negociar o pagamento.
A proprietária da Pérola Negra, a empresária Roseni Silva, prometeu acertar as dívidas com os trabalhadores. Porém, até o momento os pagamentos não foram efetuados.
Na próxima terça-feira, dia 13, os funcionários estarão indo a Cianorte para participar de uma reunião, onde deverão ser efetuados os acertos trabalhistas.
PREFEITURA – Apesar de ter trazido a empresa para o município e ter dado o aval, com o pagamento de incentivo (aluguel), o prefeito de Engenheiro Beltrão se eximiu de qualquer responsabilidade. Tudo muito diferente da época da chegada da fábrica ao município, quando o próprio Riguetti apresentou a empresária Roseni Silva à sociedade, e deu seu aval quanto à idoneidade da empresa.
Evidentemente, que a prefeitura não tem responsabilidade trabalhista quanto a honrar o pagamento dos salários dos costureiros e costureiras. No entanto, existe a responsabilidade moral para com os trabalhadores, que confiaram nas palavras e no aval de seu alcaide.