Do G1 Paraná
O sindicalista Mauri Viana Pereira foi preso nesta terça-feira (18), em Londrina, no norte do Paraná, na quarta fase da Operação Registro Espúrio, segundo a Polícia Federal (PF). A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), investiga desvios de R$ 9 milhões da Conta Especial Emprego e Salário (CEES).
Mauri é presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas no Brasil (Fenatracoop), que foi alvo de mandado de busca e apreensão na sede de Londrina. A prisão do sindicalista é temporária, pelo prazo de cinco dias.
Nota enviada pela Fenatracoop e por Mauri Viana Pereira diz que a federação vai prestar todas as informações necessárias assim que o departamento jurídico da entidade tiver acesso à integra do processo.
Ao todo, a PF cumpre nove mandados de prisão temporária e outros 16 de busca e apreensão. Além de Londrina, os mandados são cumpridos em Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo.
Mandados em Londrina
Policiais federais chegaram à sede da Fenatracoop, em Londrina, às 6h30 desta terça, e saíram de lá levando malotes com documentos.
Agentes também estiveram em um prédio na zona sul de Londrina, onde mora Mauri Viana. Ele foi preso e levado para a sede da PF na cidade. Até a última atualização desta reportagem, os motivos que levaram à prisão de Mauri não tinham sido divulgados pela PF.
O sindicalista, de 58 anos, é uma das lideranças dos empregados em cooperativas. Ele foi candidato a senador em 2014 pelo PRP, ficou em quinto lugar, com 18 mil votos e não se elegeu.
Em 2016, ele enfrentou um drama familiar. Um avião caiu em Cambé, também na região norte do estado, e oito pessoas morreram, a maioria parentes de Mauri Viana. Entre as vítimas estava duas filhas e um neto dele.
Investigações
A Polícia Federal investiga nesta fase fraudes na restituição de contribuições sindicais recolhidas a maior ou indevidamente da CEES.
Os crimes investigados são peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, no esquema investigado, pedidos de restituição eram manipulados por suposta organização criminosa com o intuito de adquirir direito a créditos.