Chuvas prejudicam a colheita do trigo na região da Comcam

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foto: Divulgação/Google

Da Tribuna do Interior

As chuvas que atingem a região desde a semana passada estão atrasando a colheita do trigo na Comcam. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão vinculado a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), núcleo de Campo Mourão, os trabalhos atingiram até o momento cerca de 70% da área de plantio.

A colheita está paralisada há pelo menos uma semana em Campo Mourão e região. Porém, sem prejuízos para a cultura. O único problema é que os produtores aguardam a colheita do trigo para continuarem com o plantio da soja, que conforme o Deral está bastante adiantado em relação ao ano passado com 70% de toda a área já semeada.

Com o andamento da colheita do trigo, as previsões de quebra da safra por conta da seca entre maio, junho e julho estão se confirmando. A produção foi bastante afetada. O Deral estima uma perda de 9%. A média de produtividade na região está sendo de 3 mil quilos por hectare, entre 110 a 120 sacas por alqueire.

A região plantou este ano 110 mil hectares do cereal contra 100 mil em 2017. A produção prevista é de 300 mil toneladas, contra 200 mil na safra passada. O crescimento da área está relacionado à redução da área do milho safrinha, cujo plantio atrasou por conta da estiagem, e aos preços mais atrativos do cereal no mercado.

A previsão é que a colheita seja finalizada até a primeira quinzena de novembro. Em alguns municípios como Luiziana e Roncador, algumas áreas ainda estão em fase de maturação devido ao plantio mais tardio.

PREÇOS- Até o momento, o preço do trigo está atrativo no mercado, com a saca de 60 quilos sendo cotada a R$ 43,00. No início do plantio este valor chegou a R$ 50,00. No mesmo período do ano passado, a saca era cotada a R$ 34,00. A valorização do grão está ligada a baixa oferta do produto no mercado brasileiro.

ESTADO- No Paraná, o Deral estima um salto de 48% na produção deste ano, para 3,3 milhões de toneladas ante 2,2 milhões em 2016/17, quando diversos problemas climáticos, incluindo uma forte geada em julho, prejudicaram as lavouras. No Estado, o cereal está com aproximadamente 80% da área colhida. Conforme o Deral, 57% das lavouras de trigo estão em boas condições, 25% em situação média e 18% em situação ruim.

Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse avanço dos trabalhos de campo tem pressionado os preços do cereal. Em setembro, por exemplo, as baixas foram mais acentuadas nas regiões com colheita mais adiantada, apesar da maior liquidez, como nas regiões oeste e norte do Paraná.

No acumulado do mês passado (de 31 de agosto a 28 de setembro), no balcão, os valores recuaram 4,2% no Paraná, mas registraram altas de apenas 1,1% no Rio Grande do Sul e de 0,2% em Santa Catarina.

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