A pensionista Eunice Pereira, de 57 anos, moradora do Conjunto Vila Solidariedade, em Engenheiro Beltrão, procurou a reportagem da equipe do Jornal Enfoque Regional (JER), para denunciar o descaso do Poder Público com as vias do bairro.
Sem asfalto e sem a mínima condição de trafegabilidade, a denunciante reivindicou que a Prefeitura Municipal execute obras de melhoria nas Ruas Sergipe e Canarinho, que dão acesso ao bairro.
As vias, que são apenas empedradas com cascalho, apresentam enormes deformações e com as chuvas dos últimos dias ficaram praticamente intransitáveis. Como o bairro não possui nenhuma infraestrutura e os raros bueiros estão entupidos, a água da chuva desce em grande volume e leva tudo que encontra pela frente.
Muitas vezes, segundo dona Eunice, a água acaba entrando nas residências e causando um transtorno ainda maior para os moradores do bairro, que é basicamente composto trabalhadores e aposentados.
A denunciante mencionou que, na época da campanha eleitoral, em 2016, o então candidato e agora prefeito Rogério Riguetti visitou sua casa e prometeu que faria o asfalto no bairro. Ele me disse que o povo poderia cobrar o que fosse necessidade se ele ganhasse a eleição. Votamos nele e agora estamos nesta situação de descaso total.
“Quero que o prefeito volte aqui e veja as condições do nosso bairro. Queremos o asfalto que foi prometido em campanha e o nosso direito de ir e vir garantido. O Rogério tem que vir aqui, ele é autoridade e tem que nos ajudar agora. Eu falo a verdade e quero que algo seja feito pelo nosso bairro”, disse dona Eunice, mostrando um buraco onde um veículo caiu na semana passada. Para evitar que outros acidentes aconteçam na via, uma placa foi implantada sobre uma tubulação que está sem tampa.
Outros moradores do bairro também manifestaram sua indignação e ressaltaram que entra prefeito e sai prefeito, e as coisas continuam iguais no bairro.
“Na época de campanha eles prometem de tudo. Depois, simplesmente, esquecem da gente. É triste nossa realidade e não sabemos mais a quem recorrer”, disse um dos moradores, que não quis ter o nome revelado por medo de represálias. “ Dependo da saúde pública e se falar alguma coisa, eles são capazes de cortar meu atendimento”, disse temoroso.
Os moradores esperam que o Poder Público tome uma atitude em relação a infraestrutura do bairro e resolva definitivamente a situação precária da Vila Solidariedade.
