Casal beltrãoense participava de excursão religiosa interrompida pela guerra, em Israel

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O empresário estava acompanhado da esposa, Maria Rainha Pedroso Glatz, da filha, Rosana Angélica Glatz de Oliveira, e do neto, Max Glatz de Oliveira - Fotos: Divulgação

Aos 75 anos de idade, o empresário e pastor evangélico de Engenheiro Beltrão, Narciso Glatz viveu duas experiências, em uma única viagem, que jamais serão esquecidas por ele.

A primeira foi a peregrinação à Terra Santa, em Israel, planejada há muitos anos por ele. A segunda, foi a interrupção da excursão por conta do ataque do Hamas a Israel, no dia 7 de outubro.

“Chegamos a Israel no dia 1º de outubro para ficar 12 dias, mas infelizmente a viagem foi interrompida, no dia 7, quando começou a guerra. Foi uma experiência muito difícil, momentos de muita tensão”, conta ele.

O empresário estava acompanhado da esposa, Maria Rainha Pedroso Glatz, da filha, Rosana Angélica Glatz de Oliveira, e do neto, Max Glatz de Oliveira. A família integrava uma caravana formada por 65 pessoas.

O grupo permaneceu dois dias em um hotel em Jerusalém durante o conflito armado em Israel e em Gaza, ao som de aviões, mísseis e foguetes que cortavam o céu da Terra Santa. Quando o perigo era iminente, a sirene tocava e todos se abrigavam em um lugar seguro, no próprio hotel.

“No início achamos que o conflito terminaria em dois ou três dias, mas logo soubemos que não podíamos sair de lá. A cidade estava fechada, ninguém entrava, ninguém saia. Por sorte, em nossa caravana havia pessoas influentes junto ao embaixador brasileiro em Israel e isso nos possibilitou o embarque já no primeiro avião que a Força Aérea Brasileira (FAB) enviou para a repatriação. Foi um alívio”, relata o empresário. 

Glatz conta que enquanto permaneceram no hotel, ouviam o som de mísseis, bem próximo, num fogo cruzado. “O exército israelense interceptava os mísseis. A gente era orientado a entrar em um esconderijo, no próprio hotel, assim que a sirene tocava, onde permanecíamos por 1 minuto e meio, que era o tempo do míssel atingir o alvo ou ser interceptado”, revela.  

O embarque no aeroporto internacional de TelAviv aconteceu no dia 10 de outubro, rumo a Brasília. Foram 15 horas de voo, sem escalas. “Quando embarcamos e o avião decolou, ainda ficamos apreensivos, por cerca de 20 minutos, enquanto ainda havia risco. O alivio só veio por volta das 2h da madrugada quando o piloto comunicou que já estávamos em território brasileiro. Foi um momento de festa no avião.”   

A guerra no Oriente Médio – Israel e o Hamas estão em um conflito sem precedentes desde o dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista, que governa a Faixa de Gaza, invadiu Israel, matando e sequestrando civis. Desde então, os confrontos não cessaram.

O governo local fala de muitos prédios e casas destruídos e milhares de mortos. Dois brasileiros estão entre as vítimas: Bruna Valeanu e Ranani Glazer.

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