O presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão, Luis Marcelo Legnani criticou duramente o fechamento de pelo menos três agências bancárias na região de Campo Mourão.
As cidades de Engenheiro Beltrão e Araruna perderam as agências do Banco Itaú, enquanto em Peabiru, foi o Bradesco que fechou as portas. Fora da região, o Itaú encerrou as atividades também em Jardim Alegre.
Segundo Legnani, o processo de fechamento de agências bancárias foi acentuado desde a pandemia da covid19. “Desde 2019 foram extintas 3.216 agências bancárias”, contabiliza ele.
A redução do número de agências veio acompanhado também da eliminação de postos de trabalho. Somente nos últimos 12 meses encerrados em abril de 2024, o setor bancário eliminou 3.325 postos de trabalho. O dado é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
“A eliminação de agências e empregos bancários têm causado sobrecarga nos trabalhadores e precarizado o atendimento à sociedade. Os bancos são concessões públicas e têm o dever de oferecer atendimento, bem como ampliar a contratação para prestar um atendimento decente à população da qual obtém tantos ganhos por meio da cobrança de juros e tarifas”, aponta o presidente do Sindicato.
Com o fechamento das agências de Engenheiro Beltrão, Araruna e Peabiru, foram demitidos vigilantes e zeladoras, enquanto os bancários foram remanejados para outras agências da região.
“A preocupação preponderante é com as centenas de clientes e usuários das agências dos municípios de Engenheiro Beltrão Araruna e Peabiru que serão diretamente afetados pelo fechamento das agências. É notório que as agências atendem diariamente uma grande quantidade de clientes e usuários e que essa rotina se acentua nos dias de pagamento de benefícios previdenciários. Muitos desses clientes precisam de um atendimento presencial, necessitando se deslocar até outras agências da região”, completa.