
Entre as reivindicações apresentadas estão: o reajuste salarial, o pagamento do piso nacional e o plano de carreira da classe ( cargos e salários).
Cerca de 60 professores da Rede Municipal de Ensino participaram, na noite da última segunda-feira (26), da sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Engenheiro Beltrão.
Munidos com cartazes e faixas, os professores estavam trajando vestes pretas, e esperaram o término da sessão para se reunirem com os edis.
A intenção com o manifesto, que foi pacífico, era de sensibilizar os vereadores e pedir o apoio para que os direitos da classe educadora, que são garantidos por lei, fossem assegurados.
Entre as reivindicações apresentadas estão: o reajuste salarial, o pagamento do piso nacional e o plano de carreira da classe ( cargos e salários). Além disso, os professores também lutam pela elevação definitiva (efetivação) daqueles que já passaram pelo estágio probatório de três anos.
A professora Lílian Bonette e o professor Jackson Reis, líderes do manifesto, usaram a tribuna livre e explanaram sobre as reivindicações que estão sendo exigidas pela classe educadora e os avanços que ainda não ocorreram, mesmo após negociações anteriores. Eles citaram ainda que, nos últimos dois anos, que compreendem a atual gestão, a defasagem dos salários dos professores municipais chegou a 11%. Segundo eles, não houve reposição salarial em 2017 e a prefeitura não tem feito o pagamento do piso nacional, que é de direito da classe.
“Pedimos o apoio desta Casa de Leis para que intermedeiam junto ao prefeito Rogério Riguetti o início de negociações para que tenhamos nossos direitos resguardados. Já perdemos muitos avanços e queremos que os professores sejam devidamente valorizados, com ações efetivas por parte do município. Estamos lutando apenas pelo que é justo”, disse a professora Lílian Bonette.
A presidente da Câmara, Rosália Cândido Machado, agradeceu a participação dos professores na reunião. Ela citou que, antes da sessão, esteve com o prefeito Riguetti e conversou sobre as reivindicações que estavam sendo exigidas pela classe educadora.
Rosália afirmou que a situação das contas públicas é muito complicada e que está preocupada, aflita, com essa questão. A presidente lembrou que o investimento na área educacional tem chegado a 32% e que o município terá que se organizar junto com os educadores, para conseguir atender as reivindicações que estão sendo feitas.
Em poucas palavras, Rosália citou que organização e diálogo serão imprescindíveis para resolver a questão.
Alguns vereadores usaram a palavra e todos demonstraram apoio ao manifesto dos professores.
NEGOCIAÇÕES – Para a próxima terça-feira, dia 03 de abril, os professores agendaram uma reunião na prefeitura, com o prefeito Rogério Riguetti. A reunião contará com a presença de representantes da APP- Sindicato, e será acompanhada pelos vereadores. Na ocasião, os professores pretendem expor suas reivindicações ao prefeito e buscarão, da melhor forma, negociar os avanços para a classe garantindo manutenção de seus direitos.