Depois da declaração do deputado cassado Eduardo Cunha, que está preso em decorrência da Operação Lava Jato e custodiado no Complexo Médico Penal (CMP) em Pinhais, de que “tem um aneurisma cerebral igual ao da ex-primeira dama Marisa Letícia”, a direção do Departamento Penitenciário do Paraná, juntamente com o corpo clínico do Complexo, determinou que fossem realizados exames que comprovem a condição.
O diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo Moura, revelou no início desta tarde (8), no entanto, que “Cunha se negou a fazer o exame”. “Hoje no início da manhã Eduardo Cunha foi instado a realizar exames capazes de dizer se ele é portador da enfermidade. Mas, ele se negou terminantemente a fazer o exame”, relata. “Como na presença dos médicos ele afirmou que não faria, nós colhemos o depoimento dos médicos”, acrescenta.
Cartaxo destacou ainda que “no dia 21 de dezembro de 2016 o custodiado revelou ao corpo médico do CMP a existência da enfermidade, e desde então, foram solicitados exames e documentos que comprovem a condição”. “Foi solicitado aos advogados e familiares que comprovem, mas até agora isso não aconteceu”.
A negativa do preso de realizar o exame se constitui, segundo Cartaxo, em infração leve pela Lei de Execuções Penais. “Será aplicada a ele uma pena leve e acrescentada em sua ficha carcerária”.
Por se tratar de um preso federal provisório, toda a situação será comunicada oficialmente ao juiz Sérgio Moro. “Tudo isso está sendo regiamente comunicado ao doutor Sérgio Moro”.
Pela manhã o diretor do Depen já havia revelado que Cunha, em dezembro, foi submetido a exames iniciais em função da permanência da transferência dele para o Complexo Médico Penal e que na ocasião, ele revelou a existência de vários problemas de saúde, envolvendo questões vasculares e que a medicação necessária foi levada pelos familiares, sendo que ele recebe diariamente e de acordo com a prescrição médica os medicamentos.
