Censo 2022: com 5,64% da população, Paraná aumenta representatividade no Brasil

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De acordo com o IBGE, o Estado teve um acréscimo de quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos. - Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Agencia Estadual de Notícias

Dados do Censo Demográfico de 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Paraná reverteu uma tendência que perdurava desde os anos 1980 de redução da sua participação no total da população brasileira. Atualmente, as pessoas que residem nos 399 municípios paranaenses representam 5,64% de todos os brasileiros, um crescimento de 0,16 ponto percentual em relação ao Censo de 2010, retomando o mesmo patamar do Censo de 2000.

De acordo com o IBGE, o Estado teve um acréscimo de quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos. O resultado pode ser explicado pela diferença entre o número de nascimentos e de mortes no período, bem como pela migração de brasileiros de outros estados e estrangeiros para o Paraná.

O primeiro estudo populacional feito pelo IBGE foi realizado em 1872, ano em que o Paraná representava apenas 1,28% da população do Brasil – 126 mil habitantes de um total de 9,9 milhões. Durante quase um século, a tendência foi de crescimento nesta participação, chegando ao auge na década de 1970, quando 7,4% de todos os brasileiros residiam no Estado.

O Censo de 1970, aliás, é o primeiro e até então único em que o Paraná figurou como o mais populoso do Sul do País, superando o Rio Grande do Sul, que à época representava 7,15% da população. A marca só voltou a ser alcançada novamente no Censo 2022, que identificou 11,4 milhões pessoas residentes no Estado, contra 10,9 milhões nos municípios gaúchos e 7,6 milhões nas cidades catarinenses.

Em nível nacional, o Paraná ocupa a 5ª colocação em termos populacionais. O Estado é superado apenas por São Paulo, que representa 21,88% dos brasileiros, Minas Gerais (10,11%), Rio de Janeiro (7,91%) e Bahia (6,96%).

Entre os mais populosos, além do Paraná apenas São Paulo aumentou a representatividade entre os dois últimos Censos, de 21,63% para 21,88%. Minas Gerais (-0,16 ponto percentual), Rio de Janeiro (-0,47 ponto percentual) e Bahia (-0,39 ponto percentual) perderam espaço.

SUL – O desempenho paranaense ajudou a reverter a tendência de queda de representatividade da região Sul como um todo, que passou de 14,35% no Censo de 2010 para 14,74% do total da população brasileira no estudo mais recente divulgado pelo IBGE. Com isso, a região manteve o posto de terceira maior do Brasil, atrás do Sudeste (41,78%) e Nordeste (26,91%) e à frente do Norte (8,54%) e do Centro-Oeste (8,02%).

IMPACTOS DA ECONOMIA – Segundo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, o fortalecimento da economia local contribui com um crescimento populacional acima da média brasileira. “A reversão do movimento de queda do peso do Paraná na população brasileira, iniciado na década de 1980, pode estar relacionada, entre outros fatores, à vinda de trabalhadores ao Estado, dado o dinamismo do mercado local, com oportunidades em todos os segmentos”, afirma.

Em 2022, ano do Censo, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) demonstraram que o Estado abriu 118 mil novos empregos com carteira assinada. Outro indicador favorável é o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná. Em 2020 o Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul e alcançou o posto de quarta maior economia do País de acordo com levantamento do próprio IBGE.

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