A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira, 9, em Engenheiro Beltrão, um homem suspeito de ter participado dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. Naquela data prédios do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso foram invadidos e depredados.
O homem foi identificado como João Cláudio Tozzi, morador na cidade de Goioerê, porém, ele foi encontrado em Engenheiro Beltrão onde vinha trabalhando na construção civil. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.
De acordo com as informações, ele foi identificado por meio da impressão digital deixada em uma vidraça da sede do Supremo. Os investigadores ainda o flagraram dentro do STF, sentando na cadeira de um ministro.
O setor de perícia da PF cruzou as imagens das câmeras de segurança com o material genético recolhido no local.
Os fatos investigados constituem, inicialmente, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; além de destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso no âmbito da Operação Lesa Pátria, que é permanente e tem atualizações periódicas em relação ao número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e suspeitos foragidos.
Político – O investigado desapareceu de sua cidade natal desde os episódios registrados em janeiro. Ele morava em uma casa alugada com dois filhos e deixou meses de aluguel atrasado.
O homem também foi candidato a vereador em 2012 (PSD) e 2020 (PDT), atingindo pouco mais de 60 votos.
