Governador lança Plano Safra do Paraná com R$ 54,3 bilhões, maior da história do Estado

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Gvernador Carlos Massa Ratinho Jr e secretario de agricultuta Norberto Ortigara apresentaram as ações do Plano Safra do Paraná - Fotos:Ari Dias/AEN

Agência Estadual de Notícias

O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou nesta terça-feira (15) o cardápio do Plano Safra 2023/2024 para agricultores, empresários e entidades do setor no Paraná. São R$ 54,3 bilhões captados de diversas fontes, entre elas o Banco do Brasil, cooperativas de crédito e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Esse pacote é destinado a custeio e investimentos dos agricultores familiares e dos médios e grandes agropecuários. A iniciativa, a maior da história do Estado, visa tanto apoiar financeiramente os produtores quanto estimular atividades cada vez mais sustentáveis.

Esses créditos serão aplicados em três finalidades. A maior fatia se destina a custeio e comercialização: R$ 46,3 bilhões. Novos investimentos no setor consumirão R$ 9,6 bilhões desses recursos. Outro R$ 1,1 bilhão será aplicado em ações com finalidades diversas. O grande objetivo é tornar a atividade no campo mais rentável, competitiva e verde, melhorando a estrutura de produção, armazenagem e comercialização e amparando os empreendimentos contra eventos causadores de perdas. Tudo sem perder de vista a relação com a preservação do meio ambiente

Segundo o governador, esse anúncio marca o início do ano agrícola, que começa no segundo semestre, e serve de incentivo aos agricultores para acessarem recursos e ampliarem a produção. A safra de 2022/2023 de soja, por exemplo, foi a maior da história do Estado, com 22 milhões de toneladas.

Ratinho Junior explicou que o Governo do Estado aproveitou o Plano Safra nacional, lançado em junho pelo governo federal, e aportou novos recursos para melhorar as condições de crédito para os agricultores paranaenses. “Quisemos potencializar ainda mais esse crédito para atender os agricultores do Paraná, principalmente os pequenos produtores. Queremos continuar com aquilo que fazemos de melhor, que é produzir alimentos para o mundo com sustentabilidade”, afirmou Ratinho Junior.

Uma das instituições financeiras que apoia a iniciativa é o BRDE, com expectativa de financiar R$ 800 milhões nesta safra. “Este ano teremos um número recorde destinado para financiar investimentos no agronegócio paranaense. Nós captamos esse recurso e fizemos a equalização junto ao Ministério da Agricultura, que, junto com os limites do BNDES, faz com que possamos dar esse apoio às cooperativas, aos agricultores e também promover o Banco do Agricultor Paranaense”, explicou o diretor do BRDE no Paraná, Wilson Bley Lipski.

Na safra anterior, o BRDE registrou um total de R$ 1,6 bilhão em operações e o Paraná foi responsável por 35% deste total, o equivalente a R$ 560 milhões. Além disso, o BRDE financiou a atividade rural em mais R$ 135 milhões, com recursos livres, totalizando R$ 695 milhões nesse período.

BANCO DO AGRICULTOR – Outro grande anúncio faz parte desse movimento de levar crédito subsidiado aos agricultores, com novas linhas dentro do Banco do Agricultor Paranaense. A principal novidade é o atendimento diferenciado a mulheres incluídas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) interessadas em investir em suas propriedades. O Estado vai assumir 100% dos juros dos empréstimos contraídos para esse fim.

Pensando em sustentabilidade, o Governo do Paraná também voltará a equalizar o total de juros para investimentos em energia renovável, seja solar ou de biomassa, e irrigação para todos os participantes do Pronaf. Para médios e grandes produtores, que não se enquadram no Pronaf, o Estado vai custear até 5 pontos percentuais da taxa de juros. Além disso, foram ampliados os limites de financiamento a serem equalizados.

O apoio financeiro aos agricultores do Pronaf segue com a garantia de juro zero para aqueles que decidirem investir em agroindústrias; produção, captação e reservação de água; produção de pinhão e erva-mate; cadeias produtivas de seda, café, hortaliças, flores, frutas e produção orgânica/agroecológica; turismo rural; apicultura; e cooperativas da agricultura familiar.

Para viabilizar essas iniciativas do Banco do Agricultor Paranaense estão previstos R$ 155 milhões por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), operacionalizado pela Fomento Paraná.

“Estamos focados em transformar o Paraná no supermercado do mundo, para gerar empregos no Estado e riquezas no campo. Para isso, precisamos valorizar o trabalhador do campo”, ressaltou o governador. “Vamos atender com condições melhores, inclusive com financiamentos a juro zero, o agricultor que precisa comprar equipamento, modernizar sua propriedade, colocar energia solar para reduzir custos e ter energia limpa”.

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