Preso, ex-companheiro de Ana Paula não colabora com a justiça e até nega conhecer a mulher

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Nos últimos dias, os policiais estão vasculhando vários pontos em busca de pistas que possam chegar até a mulher - Foto: Fábio Dias / EPR

O drama pelo desaparecimento de Ana Paula Correa da Silva, 34 anos, continua em Engenheiro Beltrão, mesmo após a prisão de seu ex-companheiro J.L., principal suspeito de um possível feminicídio. Ana Paula está desaparecida desde o último dia 4 de setembro, após sair em um carro dirigido por J.L.

Pouco tempo depois ele teria retornado sozinho, deixado o carro na casa e saído a pé. Desde então a Polícia Civil iniciou buscas pelas dois, até que na última segunda-feira, 11, o suspeito foi encontrado e detido na rodoviária de Campo Mourão.

A Polícia Civil de Engenheiro Beltrão acreditava que com a prisão, J.L. indicaria o paradeiro de Ana Paula, seja viva ou morta, mas não foi o que aconteceu. “Informalmente ele diz que a Ana Paula está morta, mas não fala onde ela está. Em outros momentos garante que nem a conhece”, conta o delegado Fabrício Ortolan, da comarca de Engenheiro Beltrão.

Mesmo sem poder contar com uma pista concreta, o delegado afirma que as investigações estão avançadas. “Vamos continuar com as buscas. O problema é que não temos nenhuma direção ainda.”

Nos últimos dias, os policiais estão vasculhando vários pontos como o Lixão, Parque da Gruta, distrito de Ivailândia e até um poço foi aberto na área rural nesta manhã, porém, até o momento não há nenhuma pista sobre o paradeiro de Ana Paula. A polícia ainda vai checar algumas câmeras da cidade.

MEDIDA PROTETIVA – Conforme o delegado Ortolan, a vítima possuía uma medida protetiva de urgência em desfavor do ex-companheiro. Porém, ambos teriam reatado o relacionamento mesmo com a medida protetiva vigente.

“Na data do fato, a mulher foi vista entrando em um veículo conduzido pelo homem. Ele retornou com o carro sem ela e, em seguida, também desapareceu. Seguimos com as investigações, não descartando a hipótese de feminicídio e ocultação de cadáver”, explica Ortolan. 

DENÚNCIAS – A Polícia Civil solicita a colaboração da população com informações que auxiliem na localização da vítima. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, pelos números 197, da PCPR, 181 do Disque-Denúncia ou (44) 3537-1122, diretamente à equipe de investigação. 

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