Paratleta beltrãoense coleciona medalhas de ouro e recorde em provas de atletismo

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Amanda mora no distrito de Ivailândia, e compete pela equipe de Maringá. O esporte passou a fazer parte de sua rotina, há dois anos, em 2022 - Foto: Divulgação

Aos 18 anos, a paratleta de Engenheiro Beltrão, Amanda Mossmann, coleciona um histórico de superação e de muitas conquistas no esporte. Competindo nas provas de arremesso de peso e lançamento de disco e dardo, há apenas dois anos, ela já exibe com orgulho, 14 medalhas, sendo nada menos que 12 de ouro e duas de prata.

Amanda mora no distrito de Ivailândia, e compete pela equipe de Maringá. O esporte passou a fazer parte de sua rotina, há dois anos, em 2022.

“Comecei no atletismo, em Campo Mourão, onde já fui me destacando com algumas conquistas de primeiro lugar em Jogos Escolares, tanto na fase regional, estadual e no Brasileiro, em São Paulo. Na competição, em São Paulo, conheci o professor Elton, de Maringá, ele me fez a proposta e eu aceitei, porque a cidade oferece uma estrutura melhor com treinamento específico para os atletas paralímpicos”, relata ela

No Campeonato Brasileiro, em São Paulo, Amanda estabeleceu novo recorde no lançamento de disco, demonstrando grande superação na prova. E não parou por ai. Na mesma competição, faturou a prata no arremesso de peso e no lançamento de dardo.

Com tantas conquistas em tão pouco tempo, a própria paratleta se surpreende com seus feitos. “Nunca esperava me destacar tanto no esporte”, comemora.

O paratletismo mudou a rotina de Amanda. No ano passado, ela conta que participou de competições importantes como o Meeting Paralimpico Loteria Caixa, em Curitiba, e este ano do Meeting do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Foram mais duas medalhas de ouro para a coleção. Agora, em maio, ela já se prepara para participar do ParaJaps, em Londrina. Depois, em julho, estará em São Paulo, para a fase nacional dos Jogos Paralímpicos.

Amanda tem uma rotina puxada de treinos, três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, na pista de atletismo do estádio municipal de Maringá. Cheia de sonhos, a beltrãoense tem como objetivo chegar ao Mundial Paralímpico, que acontece a cada quatro anos. Para isso, precisa conseguir marcas importantes em suas provas e manter os índices. “Nunca desisti de meus sonhos e vou lutar muito para alcançar o meu objetivo”, confia.

PARALISIA CEREBRAL NÃO “PAROU” AMANDA

Nascida em Cafelândia, Amanda conta que chegou em 2022, aos 16 anos, em Engenheiro Beltrão, passando a morar na Vila Rural, em Ivailândia.

Acometida de uma paralisia cerebral, que afetou o seu lado esquerdo, incluindo mão e pé, Amanda passou por uma cirurgia, em 2013. O que parecia ser o fim, para ela foi o começo de uma carreira promissora no esporte.

“Na época eu nem sabia que existia esporte paralímpico. Só fui tomar conhecimento, em 2022, quando estudava no Colégio Gabriel Scipioni, em Ivailândia. A partir daí tudo foi acontecendo muito rápido, por isso, a mensagem que deixo é para que todos lutem pelos seus sonhos, independente de sua condição física. Deficiência não pode impor limites para a pessoa”, afirma a paratleta.

Seu exemplo de superação já foi mostrado na abertura de jogos, na cidade de Jardim Alegre, como forma de motivação a novos atletas na idade escolar. Sem tirar o foco do esporte, Amanda se prepara para a realização de mais um sonho: cursar Educação Física na Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

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