Segunda morte do ano por picada de escorpião reacende alerta

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foto: AEN/PR

Da Tribuna Cianorte

Depois de confirmar a morte de um homem de 38 anos por picada de escorpião, em Wenceslau Braz, na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) emitiu um alerta para a população sobre os cuidados com animais peçonhentos. Uma menina de três anos também morreu, neste ano, após ser picada. Na região de Cianorte já foram registrados 53 acidentes com escorpiões desde o início de 2018. Em todo o estado, foram mais de 11 mil.

No ano passado, prefeituras da região se mobilizaram e promoveram mutirões de limpeza para evitar o acúmulo de entulhos e lixo, que facilitam o esconderijo e a proliferação desses animais. Em Cianorte, os agentes de combate a endemias também orientam moradores sobre a prevenção e os cuidados com escorpiões. Em 2017, os dois óbitos do estado foram na região, um em Cianorte e outro Jussara. As duas vítimas eram crianças.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini, chama a atenção para o risco a que estão sujeitos principalmente crianças e idosos. “As crianças são mais sensíveis à toxidade do veneno pela baixa massa corpórea e os idosos por sua fragilidade física. No entanto, o risco aos acidentes é comum para todos, o que demanda cuidados e prevenção”, ressaltou.

Durante todo o ano passado, a 13ª Regional de Saúde registrou 99 acidentes com escorpiões. No Paraná, foram mais de 2,3 mil.

ORIENTAÇÕES – Nos acidentes com animais peçonhentos, como picadas de escorpiões, aranhas e serpentes, é essencial procurar assistência médica rapidamente. O Governo do Estado mantém em Curitiba o Centro de Controle de Envenenamentos do Paraná (CCE) para orientar a população e profissionais de saúde sobre os encaminhamentos. O serviço atende 24 horas pelo telefone 0800 410 148.

“A agilidade em administrar o soro antiveneno em acidentes com peçonhentos pode fazer a diferença entre a vida e a morte. A orientação fornecida por telefone auxilia na identificação da gravidade do caso e indica o melhor encaminhamento”, explica o chefe da Divisão de Vigilância em Zoonoses e Intoxicações, Francisco Gazola.

No Paraná, os antivenenos estão disponíveis na rede de saúde através das 22 regionais. De acordo com a Sesa, existem, ao todo, 212 centros de referência para aplicação dos soros.

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