Prefeitos da Comcam fazem reunião para discutir queda na arrecadação e falam em cortes

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Vários prefeitos da Comcam participaram na manhã desta segunda-feira (12), de uma reunião online para discutir a queda na receita nos municípios. Os gestores cogitam propor em conjunto entre os municípios medidas de contenção de despesas para conseguirem encerrar o ano sem que as contas estejam no vermelho.

Conforme os prefeitos, quedas de repasses foram registrados em várias fontes, como ICMS, FMP (Fundo de Participação dos Municípios), Fundeb (Educação), entre outros.

“A situação é realmente muito preocupante. Tenho conversado com o financeiro e estamos muito apreensivos. Com dificuldade de fechar, inclusive, a folha de pagamento”, falou o prefeito de Quinta do Sol, Leonardo Romero.

Em Terra Boa, o prefeito Edimilson Moura, já adotou algumas medidas de contenção de despesas. Uma delas reduz o expediente na prefeitura, que a partir de agora só funciona das 8 às 14 horas.

Ele destacou também a redução de horas extras, diárias, eventos e que as secretarias municipais foram orientadas e economizar em gastos de água, luz e telefone, entre outras.
Da mesma forma preocupam-se também os prefeitos de Nova Cantu, Airton Agnolin e Edenilson Miliossi, de Barbosa Ferraz, presidente do Condescom.

“A dificuldade é em todos os municípios. Os custos aumentaram em tudo elevando as despesas enquanto a entrada de receitas não acompanha o mesmo ritmo”, disseram.

O prefeito de Roncador, Vivaldo Lessa, é outro que demonstra preocupação. No seu caso, a apreensão maior é em relação aos repasses do Fundeb, que em quatro anos ultrapassa R$ 800 mil.

“Este ano vai ser o estouro da boiada. E não tem diálogo com o Governo (Federal). Estamos tentando conter as despesas, mas não está fácil. Todo mundo quer trabalhar de equipe cheia”, disse.

O presidente do Ciscomcam, Rafael Bolacha, prefeito de Moreira Sales, comentou que ‘tocar uma prefeitura’ nos dias atuais é desafio cada vez maior. “Estamos vendo o arrocho com relação as verbas de custeio do Governo Federal aos municípios, que estão enfrentando sérias dificuldades até mesmo para manter o essencial. O momento é de muita cautela”, alertou.

A preocupação dos prefeitos é que os meses de julho, agosto e setembro, são os três piores do ano para arrecadação, principalmente em relação ao FPM. “É um momento muito difícil onde a locomotiva chamada prefeitura não pode parar”, observou o prefeito de Goioerê, Betinho Lima.

O presidente da Comcam, Alexandre Donato está em viagem a Brasília e não conseguiu participar da reunião. Porém, ele adiantou que uma reunião presencial, agendada para a sexta-feira (23), vai discutir a situação com os prefeitos para o alinhamento de medidas. “Neste momento temos que ser solidários e parceiros, pois todos estamos enfrentando a mesma dificuldade”, frisou.

Participaram da reunião online os prefeitos: Airton Agnolin (Nova Cantu), Edimilson Moura (Terra Boa), Leonardo Romero (Quinta do Sol), Edenilson Miliossi (Barbosa Ferraz), Fábio D’Alécio (Ubiratã), Betinho Lima (Goioerê), Ismael Dezanoski (Janiópolis), Rafael Bolacha (Moreira Sales) e Vivaldo Lessa (Roncador).

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